Símbolo de garra está de volta


Retirado do Superesportes
Ele conta com o “privilégio” de não ter sofrido grandes decepções com a camisa do Cruzeiro – na derrota por 2 a 1 para o Estudiantes, na final da Copa Libertadores de 2009, estava de fora devido a uma hérnia inguinal, e este ano, contra o Once Caldas, pelas oitavas de final, nem foi inscrito, pois se recuperava de cirurgia no púbis. De volta ao time, Fabrício é uma das novidades de Cuca para o jogo diante do Santos, às 18h30, na Arena do Jacaré, pela quarta rodada do Brasileiro. Retorna num momento em que seu estilo de garra pode ser fundamental para a primeira vitória na competição.

Fabrício é um tipo diferente, adorado pelo torcedor, pelo espírito guerreiro e porque fala o que sente. Começou a segunda-feira reivindicando um lugar entre os titulares. Três dias depois, já era dono de uma posição e, ontem, bem descontraído, mostrava por que é um dos ídolos da Raposa: “É bom que o Neymar e o Ganso fiquem treinando lá em Santos”. O Peixe vai usar reservas, porque, quarta-feira, começará a decidir o título da Copa Libertadores, contra o Peñarol., em Montevidéu, no Uruguai.

“Temos totais condições para crescermos e correr atrás dos nossos objetivos que é disputar o título. E nada melhor do que estar ao lado do Henrique e do Marquinhos (Paraná). Somos velhos companheiros e nos conhecemos muito em campo. O torcedor sabe disso. Esses dois nunca me deixaram na mão. Da mesma forma, procuro sempre ajudá-los. Com o Montillo, fomos considerados o melhor meio-campo do Brasil” .

Sua receita para a vitória é bem clara: “É jogar bem, marcar, ter o controle da situação, do jogo, ter a posse de bola, bom toque, ir em direção ao gol. Isso é importante. Nosso time perdeu um pouco a velocidade. É voltar a ter vibração, ganhar nem que seja de 1 a 0”.

Com Fabrício, o Cruzeiro tropeçou apenas em duas oportunidades: na Copa Libertadores de 2010, quando foi eliminado pelo São Paulo, perdendo os dois jogos por 2 a 0 e, ainda, no ano passado, na derrota por 1 a 0 para o Corinthians, que praticamente tirou o time da luta pelo título do Brasileiro (foi vice-campeão com dois pontos atrás do Fluminense): “Aquele jogo foi decisivo e quando o Sandro Meira Ricci (árbitro) fez aquela lambança (pênalti de Gil em Ronaldo), vi que não era para nós. Não aguentei. Saí de campo porque poderia fazer algo pior para complicar o Cruzeiro e a minha vida profissional”. Foi o último jogo de Fabrício iniciando como titular, em 13 de novembro do ano passado.

Com a experiência de ter atuado pelo Timão, Fabrício diz que é nítido que há dois pesos e duas medidas no futebol: “Os grandes de São Paulo e do Rio são privilegiados. Joguei no Corinthians e sei bem disso. Na dúvida, os árbitros marcam a favor deles. Mas não é um lance apenas. É o jogo inteiro e aquele contra o Corinthians foi tudo isso. Seguraram a gente no apito”.

Depois dos treinamentos, sem reclamar de nenhum problema físico na última preparação, Fabrício foi confirmado. Na zaga, Leo continua no lugar de Victorino, liberado para a disputa da Copa América pelo Uruguai e, na frente, Anselmo Ramon (ganhou o troféu abacaxi por ter sido considerado pelos companheiros o pior do rachão) estará ao lado de Wallyson para que os gols possam voltar.

O EM viu - Dedicação do craque
Quando as coisas estão difíceis, os mais conscientes não perdem a oportunidade de aprimorar a técnica para que no jogo o aproveitamento seja o melhor e o time possa finalmente vencer. Durante esta semana, mais de uma vez, depois dos treinamentos, Montillo ficou testando a pontaria, em cobrança de faltas. À sua frente, dois obstáculos móveis, como barreira, separados por dois metros, e no gol, Rafael ou Douglas Pires. Hoje, diante do Santos, pelo lado esquerdo, se tiver uma chance, o craque argentino espera mostrar como foi bom treinar além do normal.